São Paulo, domingo, 10 de novembro de 1996 |
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Rock adere ao culto ao líder
JAIME SPITZCOVSKY
"Genghis Khan representa algo mais elevado do que a religião", pondera o ateu Jargalsaikhan, 41, vocalista do grupo. "Falar dele é melhor do que copiar valores estrangeiros." "Criamos o grupo em 1991 para despertar em nossos jovens o orgulho nacional", diz o roqueiro, com cabelos compridos e botas de couro preto. Mas rock não é influência estrangeira? "Não", devolve Jargalsaikhan. "Adotamos alguns elementos de fora, mas nosso rock é mongol." Entre os principais sucessos do grupo estão músicas como "Genghis Khan" e "Heróis de Genghis Khan". O ritmo de "soft rock" busca adoçar histórias violentas das conquistas mongóis. O Genghis Khan e seus cinco integrantes já se apresentaram no Japão, Alemanha, Coréia do Norte, Cingapura, Rússia e Polônia. Jargalsaikhan aponta dificuldades na conquista de novas platéias. "O principal problema do nosso rock é o idioma. Cantamos em mongol, não em inglês, o que dificulta a comunicação com o público estrangeiro", afirma ele. O roqueiro alerta contra imitações. "Há na Alemanha um grupo Genghis Khan, mas apenas mongóis podem entender o significado dessa figura histórica", opina. (JS) Texto Anterior: País tenta modernizar-se Próximo Texto: Sucesso de droga ameaça Merck Índice |
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