São Paulo, domingo, 10 de novembro de 1996
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

País tenta modernizar-se

JAIME SPITZCOVSKY
DE PEQUIM

A Mongólia se adapta aos ventos que modelam o planeta neste final de século. Na política, o país aprende a conviver com o pluripartidarismo; na economia, acelera a privatização e, na diplomacia, se aproxima dos EUA enquanto busca manter equidistância entre Moscou e Pequim.
Os herdeiros do regime soviético promoveram uma "revolução democrática" em 1990. Para manter o poder, os ex-comunistas se distanciaram dos dogmas do antigo sistema e passaram a promover tímidas reformas democratizantes. A economia entrou em lento processo de privatizações, numa tentativa de se libertar da ineficiência do modelo imposto pela URSS.
Em junho passado, a Coalizão União Democrática, aliança de grupos pró-economia de mercado, conquistou o poder ao derrotar os ex-comunistas nas eleições parlamentares.
Com 50 das 76 cadeiras do Grande Hural (Parlamento), a Coalizão apontou o primeiro-ministro e passou a ditar o ritmo das reformas. Atualmente, o setor privado já responde por 60% do PIB.
Os ex-comunistas, que antes detinham o monopólio dos meios de comunicação, hoje acusam o governo de barrar seu acesso a jornais e emissoras de rádio e TV.
Depois de quase sete décadas de alinhamento incondicional com Moscou, a Mongólia busca manter laços com a Rússia, mas sem esquecer as oportunidades oferecidas pelo vizinho do sul, a China.
(JS)

Texto Anterior: Saiba quem foi o líder
Próximo Texto: Rock adere ao culto ao líder
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.