São Paulo, domingo, 10 de novembro de 1996
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Sorteios fazem a audiência crescer

MARIANA SCALZO
DA REPORTAGEM LOCAL

O sorteios por carta ficaram um ultrapassados com a chegada dos computadores e a distribuição de prêmios pelo serviço telefônico 0900. Mas alguns programas de TV resgatam a velha fórmula para conquistar a audiência e interagir com o público.
"Amaury Jr.", exibido na Bandeirantes de segunda a sexta-feira às 10h45, sorteia brindes desde sua estréia, em 5 de agosto. "Já recebemos mais de 400 mil cartas. Não temos mais condições de guardá-las", diz Amaury.
Além da boa resposta, os sorteios trazem audiência. O "Amaury Jr." tem média de três pontos (240 mil telespectadores na Grande São Paulo). Quando exibe sorteios, atinge picos de cinco ou seis pontos.
Os prêmios podem ser camas, roupas ou até aparelhos de ginástica. O apresentador costuma negociar a doação dos produtos com os patrocinadores do programa. Segundo o apresentador, os sorteios por carta são "operações simples e acontecem na frente do público."
"Me sinto até um 'Robin Hood', ajudando quem não pode comprar a ganhar", brinca Amaury. "Outro dia sorteamos um vestido de noiva do estilista Ronaldo Ésper e recebemos cerca de 70 mil cartas. A menina que ganhou nunca o compraria."
O "Note e Anote", que vai ao ar de segunda a sexta às 9h na Rede Record, recebe 300 cartas por dia quando promove sorteios.
"É uma forma de chamar público e ver o nosso retorno, uma espécie de Ibope", diz Marjorie Lafon, produtora do programa.
A audiência também sobe com as promoções. O "Note e Anote" registra médias de cinco pontos (cerca de 400 mil telespectadores na Grande São Paulo), com os sorteios chega a picos de seis ou sete pontos.
"Angel Mix", apresentado por Angélica nas manhãs da Globo, também quer aumentar seu Ibope. Com médias de 15 pontos (1,2 milhão de telespectadores na Grande SP), o programa vai sortear 50 computadores dia 18.
O "Programa Livre" não usa sorteios para alavancar seus índices de audiência. "Não acho que os brindes levantam o Ibope, não no meu caso. Aliás, a intenção é saber o que o público acha", diz Serginho Groisman.

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