São Paulo, segunda-feira, 11 de novembro de 1996
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Para estudantes, exame foi mal programado

Formandos do Rio acham prova fácil

DA SUCURSAL DO RIO

O provão para formandos de direito foi considerado muito fácil pela maioria dos alunos ouvidos pela Folha na unidade do Colégio Pedro 2º da Tijuca (zona norte do Rio de Janeiro).
Nesse local, a prova foi marcada por um protesto feito pela UNE (União Nacional dos Estudantes) contra a obrigatoriedade do exame.
Otton Mata Roma, 33, primeiro a sair, disse que a prova foi "ridícula" de fácil.
Roma cursa direito na Universidade Gama Filho (Piedade, zona norte). "Quem não conseguir fazer vai demonstrar total incapacidade jurídica". afirmou.
Para Marco Mello, 24, da Faculdade de Direito Cândido Mendes (zona sul), a prova foi tão fácil que "não dá para avaliar o nível das faculdades".
Margareth Brito, da Suesc (Sociedade Universitária de Ensino Superior e Cultura), centro, disse que devolveu a prova sem fazer por considerar que ela não vai avaliar as faculdades. "Muita gente fez curso intensivo para fazer a prova", disse.
Sobre o fato de ter que fazer a prova, a maioria dos formandos ouvidos pela Folha concordou em um ponto: acharam que ela foi mal programada.
Marta Sabóia da Costa, 22, da Cândido Mendes, disse ser contra a forma como a prova foi feita, com os alunos sendo pegos de surpresa no final do curso. Na parte descritiva da prova ela colocou sua opinião sobre o exame.
Havia 680 inscritos para fazer a prova no Pedro 2' da Tijuca, mas apareceram 52 estudantes a mais. A coordenação teve que pedir mais provas em outra unidade.
Houve também muito protesto contra a determinação de os estudantes colocarem a impressão digital do polegar direito na prova. "Isso é um constrangimento legal", disse Maria Herbene, da Faculdade de Direito Estácio de Sá.

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