São Paulo, segunda-feira, 11 de novembro de 1996 |
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"Pool" de empresas socorre a Orplan
FREDERICO VASCONCELOS
Em março último, a fiscalização do Banco Central identificou atrasos na entrega de bens e supostas irregularidades graves nos negócios da empresa de Modolo, que tem sede em São Paulo. Durante 14 anos ele presidiu a Abac, que representa 450 consórcios de todo o país. O setor movimentou R$ 4,8 bilhões no ano passado e responde por 21,7% das vendas de veículos (automóveis e utilitários). Custos divididos A Abac temia uma corrida de clientes prejudicados e um desgaste para o sistema de consórcios semelhante ao provocado pela quebra do Banco Econômico. Desde junho, 15 consórcios estão dividindo os custos para garantir a entrega de veículos e eletrodomésticos aos consorciados da Orplan. Essas 15 empresas se comprometeram a desembolsar um volume global de até R$ 3 milhões para regularizar a entrega dos bens aos consorciados contemplados. Queixas A operação contou com a concordância informal do BC, que, em relatório interno, considerou ser essa "uma iniciativa pioneira" (a fiscalização do BC havia pedido a liquidação extrajudicial do consórcio). Mas o sigilo sobre esse auto-socorro evidencia a tentativa de não ver agravada a imagem negativa causada por outras quebras de administradoras (como a Garavello). Os consórcios são alvo de queixas nos órgãos de defesa do consumidor por casos de atraso na entrega de bens, taxas elevadas e má aplicação dos recursos. LEIA MAIS sobre o socorro à Orplan na pág. 2-6 Próximo Texto: Justiça investiga Modolo Índice |
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