São Paulo, segunda-feira, 11 de novembro de 1996
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Para entender o caso

05/11
O ministro da Cultura Francisco Weffort afirma que está buscando formas de proteger a indústria fonográfica nacional contra a atuação "desigual" da indústria internacional durante entrega de prêmio em Brasília. Ele não apresenta propostas concretas.
06/11
Folha tem acesso a documento elaborado por comissão formada por musicólogos, maestros e historiadores instituída em 12 de julho por Weffort para criar a "Lei da Música" com as seguintes propostas:
* criação do Fundo Nacional da Música
* criação de um imposto de 30% sobre todas as matrizes de discos gravadas no exterior que entram no país (de artistas estrangeiros e brasileiros)
* cobrança de 10% do royalties gerados no Brasil por qualquer música estrangeira
* dedução de 40% do Imposto de Renda às rádios que reservarem mais da metade da programação à música nacional
* dedução de 40% do Imposto de Renda às emissoras de televisão que tenham um programa semanal, de uma hora, de música regional, façam trilhas sonoras de novela apenas com música nacional e realizem festivais de música brasileira
* como principais beneficiários do projeto estão a música instrumental, regional e folclórica brasileiras.
- Estatísticas da ABPD mostram que 72% dos discos vendidos no país são de artistas brasileiros e, de acordo com Rádio-Link, as emissoras dedicam 85% de seu tempo à música nacional.
07/11
O ministro Weffort fica irritado com polêmica sobre a proteção à música brasileira e diz que "tem gato na tuba" sobre os números divulgados por rádios e gravadoras
- Outro documento elaborado pela comissão quer acabar com o incentivo fiscal oferecido pela lei Rouanet às empresas que patrocinam shows de artistas estrangeiros no país.
08/11
Reunião da comissão do Ministério da Cultura para votar o texto do projeto é cancelada. Weffort afirma que não conhecia as propostas do grupo e que sua divulgação foi um "equívoco".
- Advogados afirmam que texto inicial do projeto da "Lei da Música" é inconstitucional e, se aprovado, poderia provocar retaliações da Organização Mundial do Comércio.

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