São Paulo, segunda-feira, 11 de novembro de 1996 |
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Dança é a alma do merengue dominicano
ARTHUR VERÍSSIMO
Muitos especialistas afirmam que o gênero surgiu no Haiti. Alguns dizem que se desmembrou de um estilo de música cubana conhecido como "upa". Na verdade, pouco se sabe de concreto. O que se percebe é o suingue contaminando o turista e embalando o dominicano. Desde o início, o merengue teve origens populares. Os instrumentos são fáceis de fazer e adquirir. Os grupos utilizam a guira -cilindro de metal com pequenas perfurações-, o violão e a tambora -instrumento de percussão. Nos grandes grupos e orquestras, há o tradicional acordeão de origem alemã, o piano e diversos instrumentos de sopro. Existem algumas estrelas do merengue que são mundialmente conhecidas, como Juan Luís Guerra. Outros músicos são conhecidos. As vozes de Wilfrido Vargas e de Johnny Ventura embalam qualquer "fiesta caribeña", junto com o acordeão de Francisco Ulloa. Existe um grupo feminino, Las Chicas del Can, que barbariza com apresentações sensuais. Os passos Mas o que mais chama a atenção nesse ritmo é a coreografia. A dança se resume ao seguinte: os parceiros entrelaçados nunca se desgrudam, e as evoluções são feitas para esquerda e para a direita. Esse movimento é conhecido como "paso de la empalizada". Normalmente se dança arrastando os pés. Há outras formas de coreografia. A mais energética tem o nome de "merengue de figura", na qual o casal não se restringe somente à dança lateral. Para os puristas, o merengue genuíno e autêntico sobrevive apenas nas áreas rurais. O que vemos nos hotéis e pela capital teria sido contaminado por outros ritmos. Texto Anterior: PACOTES Próximo Texto: Cidade atrai fiéis com fé e visitantes com dólares Índice |
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