São Paulo, segunda-feira, 11 de novembro de 1996
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Charuto dominicano é do primeiro time

DA REPORTAGEM LOCAL

A República Dominicana é considerada pelos especialistas um dos dois melhores lugares do mundo para o plantio de tabaco para charutos -o outro é Cuba.
A indústria charuteira dominicana conheceu seu primeiro grande impulso a partir da Revolução Cubana, em 1959.
Industriais e plantadores fugiram do governo de Fidel Castro e procuraram novas áreas para o cultivo do tabaco.
Esse êxodo estimulou as indústrias charuteiras da República Dominicana e outras áreas do Caribe, como a Jamaica, e da América Central, como a Nicarágua.
Esse êxodo foi engrossado recentemente com a transferência das atividades da Davidoff de Cuba para a República Dominicana.
Beto Ranieri, dono da loja que leva seu nome e consumidor de charutos há dez anos, só tem elogios para a produção dominicana.
Numa comparação com seus primos cubanos, os charutos de primeira da República Dominicana ganham no acabamento, mas ainda perdem no sabor.
Charutos de primeira são os feitos à mão, com folhas inteiras de tabaco, explica Ranieri, 36.
Se perdem um pouco na qualidade, os dominicanos ganham no preço e poderiam golear se existisse no Brasil uma distribuição regularizada do produto.
Exemplo: um Partagas nº 10 dominicano custa US$ 13, contra US$ 19 de um Churchill, seu equivalente cubano. Para Ranieri, o dominicano poderia cair para US$ 9.
Em resumo, os charutos dominicanos, ainda pouco consumidos no Brasil, teriam condições de ocupar um espaço intermediário entre os cubanos e os nacionais.
Atualmente, a indústria dominicana é uma das maiores beneficiárias do crescimento mundial do consumo de charutos.
Uma das razões é o embargo comercial contra Cuba, que afasta do mercado norte-americano um importante concorrente.

Ranieri Pipes - Al. Lorena, 1.221. Tel. (011) 852-5504.

Texto Anterior: Cidade atrai fiéis com fé e visitantes com dólares
Próximo Texto: Jogo e turismo são 'minas' de Curaçao
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.