São Paulo, segunda-feira, 11 de novembro de 1996 |
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Presidente teve sete mandatos
DA REPORTAGEM LOCAL A crise na República Dominicana começou em 1961, com a derrubada da ditadura do general Rafael Leonidas Trujillo Molina (1891-1961).O primeiro presidente eleito, o reformista Juan Bosch, foi deposto por um golpe de Estado em setembro de 1963. Menos de dois anos depois, em 24 de abril de 1965, um movimento militar derrubou a junta e tentou recolocar Bosch no poder, iniciando uma guerra civil. Quatro dias depois, tropas norte-americanas, sob a justificativa de retirar cidadãos norte-americanos, invadiram o país. Mais tarde, Washington argumentou que o presidente provisório, coronel Francisco Caamaño Deño, era ligado aos comunistas -em 1973, ele comandaria tentativa armada de tomar o poder. Um mês depois, a OEA (Organização dos Estados Americanos) aprovou a operação dos EUA por meio da criação da FIP. As negociações que se seguiram levaram ao estabelecimento de um plano de paz em 31 de agosto, a Lei de Reconciliação Dominicana. Um governo provisório conduziu o país até a realização de eleições, em 1º de junho de 1966. A votação terminou com a vitória de Joaquín Balaguer, vice do ditador Trujillo, sobre Juan Bosch. Pelos próximos 30 anos, a disputa entre esses dois deu o tom à política dominicana. Balaguer foi eleito por três mandatos consecutivos, exercendo o poder até 1978. Voltou ao governo em 1986 e só o deixou neste ano -aos 89 anos-, após ter sido eleito por sete mandatos não consecutivos. Texto Anterior: Brasil participou de intervenção em 1965 Próximo Texto: Pechincha reina nas negociações locais Índice |
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