São Paulo, terça-feira, 12 de novembro de 1996
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Executivos do Bamerindus poderão gerir mudanças

CARI RODRIGUES
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Um grupo seleto de executivos do Bamerindus poderá assumir o papel de gerir o banco, caso não seja encontrado no mercado outra instituição ou grupo de executivos para assumir a função.
Essa seria uma alternativa menos traumática para o banco e para o mercado à decretação de um Raet (Regime de Administração Especial Temporária, intervenção em que o Banco Central assume a administração de um banco).
Dentro da estratégia para fazer uma nova reestruturação acionária do Bamerindus, está prevista a contratação de um gestor -responsável pela mudança da imagem do banco e pela administração- e um consultor.
O consultor, com a função de encontrar interessados em assumir o controle acionário do Bamerindus, deverá ser o Banco Icatu.
O banco carioca é o mais cotado para exercer a função de consultor ou conselheiro para a reestruturação acionária do Bamerindus por um período de dois anos.
Na hipótese estudada para os gestores, o Bamerindus apresentaria ao BC um programa de reestruturação e a proposta com os nomes que continuariam administrando o banco.
O BC aprovaria os nomes dos executivos e acompanharia de perto a administração nomeada.
O senador José Eduardo de Andrade Vieira (PTB-PR) já concordou em deixar o comando administrativo do Bamerindus.
Os técnicos do BC e o grupo que prepara o programa do Bamerindus avaliam que será difícil encontrar no mercado uma instituição -ou grupo de executivos- com experiência para administrar um banco grande como o de Andrade Vieira.
O banco paranaense tem 1.248 agências, mais de 25 mil funcionários e 2,5 milhões de contas correntes.
Também se avalia que o conglomerado Bamerindus -que reúne empresas como a Inpacel, do setor de celulose- terá de ser dividido e vendido em partes. O BC, porém, não abre mão de manter o banco inteiro, sem divisões.
Na avaliação da equipe do presidente do BC, Gustavo Loyola, não seria aconselhável dividir o banco e vendê-lo em partes, como chegou a ser sugerido pelo mercado financeiro.
O Bamerindus, hoje, é o único banco de grande porte sediado fora do eixo Rio-São Paulo. Para evitar uma concentração de instituições nesse eixo, é importante manter o Bamerindus no Paraná.

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