São Paulo, quarta-feira, 13 de novembro de 1996
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Triste fim

NELSON DE SÁ
DA REPORTAGEM LOCAL

A Bandeirantes entrou primeiro. Já nas chamadas, lá estava Pitta:
- Seria decepcionante a ausência dessa senhora...
Iniciado o "debate", brados de "compromisso assumido é compromisso honrado".
Mas o pior estava guardado. Perguntas como "vai manter o ritmo das grandes obras" e "assumiria compromisso de aumentar a segurança". Bem diversas do debate anterior na Bandeirantes, com Pitta cercado por escândalo.
A Globo entrou com ataques ao malufista, cujos "assessores não desejam expor o candidato" à audiência global.
A petista, fazendo dela palavras do malufista, entrou dizendo "lamentar a ausência do candidato Pitta".
Elogiou à solta a emissora. Falou, sem um rasgo de lembrança da edição do debate da campanha de Lula, da "audiência fantástica".
Levada por Francisco Pinheiro, antes âncora de debates na Bandeirantes, detalhou burocraticamente o programa -como burocraticamente fazia Pitta, ao lado.
Patético fim de uma disputa menor entre emissoras, que usaram e foram usadas.
*
O comentário acabou não entrando na edição de ontem, mas segue o mesmo -até porque, como nas novelas, reprisaram o último capítulo:
A campanha de 96 termina em ridículo. Duda Mendonça fez Pitta chorar, Maluf chorar, até a apresentadora chorar. Um choro calculado, armado. Lágrimas de hipocrisia, para o horário eleitoral.
É uma campanha para a história, mas que já foi tarde.

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