São Paulo, quarta-feira, 13 de novembro de 1996
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Pancadaria antecede debate no Rio

WILSON TOSTA
DA SUCURSAL DO RIO

Uma briga entre cabos eleitorais de Luis Paulo Conde (PFL) e Sérgio Cabral Filho (PSDB) foi controlada a golpes de cassetetes ontem à noite na porta do Teatro Fênix (no Jardim Botânico, zona sul), onde foi realizado o debate entre os dois candidatos à Prefeitura do Rio.
Os cabos eleitorais de Conde e Cabral Filho, que chegavam em sua maioria em ônibus fretados, tomaram a rua Lineu de Paula Machado, onde fica o Teatro Fênix. As duas torcidas se misturaram e às 21h10 estourou o conflito.
Reforço policial
A PM, que destacara 50 homens para a segurança no local, pediu reforço de mais 100.
Até 22h45, pelo menos três integrantes das torcidas dos dois candidatos, que ocupavam a rua em frente ao Teatro Fênix, tinham sido detidos.
Um dos presos, que se identificou como mestre Penha, portava, segundo os policiais, um revólver.
Os candidatos chegaram para o último debate da campanha eleitoral carioca ameaçando travar uma guerra de denúncias mútuas.
Cabral Filho prometia reapresentar denúncias que já mostrara em dois confrontos anteriores, nas rádios Tupi e Globo/CBN.
Durante o debate, o candidato do PSDB à Prefeitura do Rio recorreu à ironia para atacar seu adversário.
Continuidade
Já Conde insistiu em apresentar-se como candidato de continuidade da administração do prefeito César Maia, defendendo seus programas e sua extensão pelos próximos quatro anos.
"Quem ouve meu adversário, pensa que estamos na Suíça. Não é verdade, ele está falando de outra cidade, de outro país", disse Cabral Filho.
O candidato do PSDB acusou a prefeitura de ter fechado a maternidade do Hospital Salgado Filho e gastado menos do que poderia com a assistência aos portadores do vírus HIV.
Bandeira de campanha
Conde contestou as afirmações de Sérgio, que insistiu em defender sua bandeira de campanha: o funcionamento, 24 horas por dia, dos postos de saúde da prefeitura.
"O programa de saúde do meu adversário se resume a um posto de madrugada", disse Conde.

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