São Paulo, quinta-feira, 14 de novembro de 1996
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Marketing agressivo ameaça nomes tradicionais no país

DA REPORTAGEM LOCAL

Há uma tendência que começa a se desenhar no país. Marcas que chegaram recentemente ao mercado, menos tradicionais, começam a, no mínimo, ameaçar em popularidade (e geralmente também em vendas) as concorrentes com muito mais anos no país.
Esse fenômeno -que não ocorre em todos os setores da economia- se deve, em parte, à abertura do mercado, com a chegada de novas empresas ao país, dispostas a investir agressivamente em marketing para ganhar, de forma rápida, os milhões de consumidores brasileiros.
Dois casos ilustram bem essa nova tendência. O primeiro é a Fiat, hoje a terceira marca de automóvel mais popular no Brasil.
Pela primeira vez desde que o Datafolha começou a pesquisar quais são as marcas mais lembradas pelos consumidores, a Fiat ultrapassou a Ford em número de citações.
Outro caso é a Parmalat. Na pesquisa sobre leite, ganhou 19% das citações, abaixo da marca Ninho, da Nestlé, mas bem acima de nomes tradicionais como Itambé, Paulista, Glória e Leco.
A mesma tendência foi constatada quando se perguntou ao consumidor qual a primeira marca que lhe vinha à cabeça quando se fala em iogurte. Em 95, a Parmalat não saiu do zero, mas neste ano já chegou aos 5%, empatando com a Batavo.
A empresa tem se caracterizado por uma estratégia de compra de empresas pequenas (o que lhe permite ganhar capacidade de produção rapidamente) e de um marketing muito atuante.
Ela não detalha seus gastos com publicidade. Diz apenas que são de cerca de 3% do faturamento. O mercado publicitário calcula que a empresa gasta mais de R$ 25 milhões por ano.

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