São Paulo, terça-feira, 19 de novembro de 1996 |
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Colisão no vôo pode ter causado queda
VANDECK SANTIAGO
A informação foi dada ontem, por telefone, pelo tenente Fábio Luís Morau, 27, relações-públicas da Base Aérea de Florianópolis (SC), onde serviam os nove militares mortos no acidente. "Que houve o choque não há dúvidas. A dúvida é se esse choque foi leve ou forte e se foi ele o verdadeiro causador da queda", disse. As quatro aeronaves, todas Bandeirantes, tinham saído de Salvador (BA) com destino a Natal (RN). Os tripulantes das outras três aeronaves estavam em Recife até a tarde de ontem. Eles não quiseram dar entrevistas. Morau afirmou que tripulantes dos outros três aviões que voavam com o que caiu confirmaram o choque. O outro avião envolvido na colisão teria prosseguido vôo com um motor (tem dois) e aterrissado em Recife. Queda A queda aconteceu por volta das 17h (horário de Brasília). Destroços do avião foram encontrados num raio de 200 metros. O agricultor José Manoel da Silva, 35, que disse ter visto a queda, afirmou que o avião "fez uma pirueta e se espatifou no chão". Outra testemunha do acidente, o vigilante Roberto Ângelo, 27, disse que viu "uma peça grande" cair após a queda do avião. Ontem, oficiais da Aeronáutica estiveram no local para iniciar as investigações sobre o acidente. Recolheram parte dos destroços e os transportaram para Recife. O avião não tinha caixa-preta. "Aviões militares não têm caixa-preta", disse Morau. O tenente Eduardo D'Ávila, relações-públicas da Base Aérea de Recife, disse que a apuração do caso deve demorar 60 dias. O oficial de Operações da Base Aérea de Salvador, tenente Adolfo Aleixo, afirmou que o avião não apresentou nenhum problema ao pousar às 13h30, na Bahia. Segundo Aleixo, o avião foi abastecido e a tripulação e os oficiais a bordo desceram da aeronave para almoçar. Os corpos dos militares mortos no acidente chegaram ontem de manhã ao Instituto Médico Legal em Recife, onde foram identificados. Oito morreram carbonizados e um teve traumatismo craniano. Os mortos: primeiro-tenente Fernando Aikawa (co-piloto), 25; tenente-coronel Luiz Fernando de Mendonça Neves (piloto), 42; suboficial Edson Luiz Franklin Silva, 47; segundo-tenente João Marcelo Batista, 23; primeiro-tenente Álvaro Aunar Alkmin Dutra, 27; primeiro-tenente Marcos Thomas Somensi, 28; o suboficial Carlos Henrique Jardim Rocha, 58; primeiro-sargento Roberto Tadeu Kawka, 39; primeiro-sargento Paulo Ricardo Steck, 38. Texto Anterior: Conveniada se queixa de mudança Próximo Texto: Asa de avião é analisada no CTA Índice |
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