São Paulo, terça-feira, 19 de novembro de 1996
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Polícia identifica mais 2 no caso Bodega

DA REPORTAGEM LOCAL

A polícia identificou ontem os dois suspeitos de participar do crime do bar Bodega que estão foragidos. Ambos já seriam acusados por outros crimes.
O (DHPP) Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa não revelou os nomes dos homens conhecidos pelos apelidos de Alemão e Bastos, sob a alegação de que isso atrapalharia as investigações.
Os policiais também esperavam que as testemunhas do crime reconhecessem um dos suspeitos -Bastos- por meio de fotografias no final da tarde de ontem. A polícia ainda não tem pistas sobre os esconderijos dos suspeitos.
Já estão presos desde a semana passada e acusados do crime Silvanildo de Oliveira Silva, 36, o "Nildinho", Sandro Márcio Olímpio, 24, o "Gaguinho", e Zeli Salete Vasco, 31.
O assalto ao bar Bodega aconteceu em 10 de agosto passado. Nele foram mortos o dentista José Renato Tahan e a estudante Adriana Ciola. Pouco depois, a polícia prendeu nove pessoas, dos quais três confessaram o crime.
Há um mês, os acusados foram soltos após o Ministério Público alegar a inexistência de provas para acusá-los e sob a suspeita de que as confissões teriam sido obtidas por meio de tortura. Os policiais acusados negam.
Só então surgiram os cinco novos suspeitos. Com Olímpio, a polícia diz ter apreendido jóias e um blazer que pertenciam a pessoas que foram assaltadas no Bodega.
Mesma arma
O IC (Instituto de Criminalística) concluiu que a estudante Adriana Ciola foi assassinada pela mesma arma que matou o dentista José Renato Tahan.
Pela comparação entre os projéteis encontrados nos corpos das vítimas, a perícia concluiu que eles saíram do mesmo revólver.
Isso pode significar que o assaltante que matou o dentista foi o mesmo que atirou em Adriana. Em seu depoimento, Olímpio diz que o autor dos disparos foi Silva. Este e Zeli afirmaram que quem atirou foi Olímpio.
Para o delegado Wagner Giudice, do DHPP, a versão de Silva e de Zeli se aproximam mais da verdade pois as testemunhas do caso também apontaram Olímpio como o autor dos disparos no bar.
Revólver descartado
Ao mesmo tempo, os peritos do IC descartaram que a arma apreendida com Silva em Guarulhos (Grande São Paulo), um revólver calibre 38, tenha sido usada no crime do Bodega.
Cada revólver produz um tipo único de marca nas balas que dispara. O exame de balística mostrou que o cano dessa arma deixa marcas diferentes daquelas encontradas nas balas retiradas dos corpos das vítimas do crime.

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