São Paulo, terça-feira, 19 de novembro de 1996
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Diretor nega imposição

DA REPORTAGEM LOCAL

O diretor-superintendente da Encol, Dolzonan da Cunha Mattos, confirmou que o executivo Antonio Alberto Mazali foi contratado pela empresa por sugestão do BB (Banco do Brasil), seu principal credor.
Mas negou que a contratação represente alguma forma de ingerência do BB dentro da construtora.
"O BB sugeriu e não impôs o nome. Mazzali apenas assessora o presidente Pedro Paulo de Souza", disse.
Dolzonan confirmou também o desligamento da empresa dos diretores Luís Henrique Ceotto e de Rogério Dalt. Disse, no entanto, que os dois saíram por iniciativa própria.
Dolzonan afirmou que a Encol tem ativos de sobra para pagar suas dívidas, e que as dificuldades financeiras da empresa irão acabar tão logo o processo de reestruturação avance. "Nosso problema foi o descasamento entre receitas e despesas, causado pelas altas taxas de juro", declarou.
Segundo o diretor da empresa, a Encol tem três vezes mais ativos que dívidas.
Mattos disse que os 35 mil clientes ativos (que ainda pagam prestações) da construtora devem R$ 1,7 bilhão. A Encol poderia arrecadar também R$ 998 milhões vendendo os imóveis residenciais, hotéis e shoppings ainda não comercializados.

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