São Paulo, terça-feira, 19 de novembro de 1996 |
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Suede
SYLVIA COLOMBO
A autocomiseração soa até agressiva. De lado os violinos, teclados e arranjos leves. O terceiro CD do Suede aposta no power trio para voltar às paradas e recuperar o espaço tomado hoje por Oasis, Blur e Pulp. "Coming Up" parece um arremedo do Bowie da primeira fase da Decca. Os vocais de Brett Anderson, andrógino e difuso como nunca, agora se sobrepõem a uma guitarra metida a noise, mais violenta do que a de "Suede" (93) e "Dog Man Star" (94). Os temas do abandono e da alienação ganham um tratamento romântico no disco, que -como um todo- é uma ode psicodélica à desolação. A faixa de trabalho, "Trash", é, segundo Anderson, autobiográfica: "Maybe it's the times we had/The lazy days and the crazes and the fads/But we are trash/ you and me" (Talvez tenha sido o tempo em que tivemos/ Os dias preguiçosos, as loucuras e as modas/ Mas nós somos lixo/ Eu e você). Guardado o rancor, "Coming Up" mantém o glamour da banda em um de seus momentos mais líricos enquanto confirma sua opção pelo pop. Disco: Coming Up Grupo: Suede Preço: R$ 25, em média Onde encontrar: Indie (tel. 011/816-1220) Texto Anterior: Divine Comedy Próximo Texto: Ash Índice |
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