São Paulo, quarta-feira, 20 de novembro de 1996 |
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SP fecha última pré-escola estadual
FERNANDO ROSSETTI
Desde o início do semestre, mães, professoras e alunos tentam convencer o governo a manter a pré-escola -que atualmente atende 300 alunos de 4 a 6 anos. Já fizeram manifestação na Assembléia Legislativa, deram um "abraço" no colégio, foram em carreata até o Palácio dos Bandeirantes -onde não foram recebidos pelo governador Mário Covas. Também colheram centenas de assinaturas no bairro e conseguiram apoio de educadores como Paulo Freire e de políticos como José Serra, do mesmo PSDB do governador Covas. "O Experimental da Lapa é um colégio bom porque tem um plano escolar articulado da pré-escola ao 2º grau", afirma a mãe de aluno do Movimento Pró Educação, Elisa Toneto de Carvalho. O Experimental estava entre os cem melhores colégios estaduais na 3ª série avaliados pela Secretaria da Educação este ano. A rede tem ao todo 6.700 escolas. Mas o governo tem outra lógica: "Por ser um colégio bom é que temos que garantir que mais crianças tenham acesso ao seu 1º grau", afirma a coordenadora de Ensino da Região Metropolitana da Grande São Paulo, Sonia Penin. As sucessivas gestões do governo do Estado vêm fechando as pré-escolas da rede estadual com base na Constituição de 1988, que atribuiu a responsabilidade sobre o ensino infantil (0 a 6 anos) preferencialmente aos municípios. Redução "A Prefeitura tem vagas ociosas em uma Emei (Escola Municipal de Educação Infantil) muito próxima", diz Penin. As mães contrapõem que essa Emei (Noêmia Ippolito, também na Lapa) não tem qualidade. Penin retruca que será bom para a Emei que as mães passem a lutar lá por melhorias. Texto Anterior: FRASES Próximo Texto: Pais entram na Justiça contra reserva Índice |
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