São Paulo, quarta-feira, 20 de novembro de 1996
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Debate busca alternativas ao vestibular

Manutenção de sistema é defendida

DA REPORTAGEM LOCAL

A elaboração de formas alternativas de exames para o ingresso na faculdade e a influência do vestibular no ensino de 2º grau foram os principais temas do debate "Alternativas ao Vestibular", promovido pela Folha no dia 23 de outubro.
Participaram a presidente da comissão do Programa de Avaliação Seriada da UnB, Denise de Aragão Costa Martins, o pró-reitor de graduação da USP, Carlos Alberto Barbosa Dantas, a secretária de avaliação e informação educacional do MEC, Maria Helena Guimarães de Castro, e o diretor de universidades públicas da UNE, Wladimir Vinicius.
Integrar o ensino básico ao ensino superior e selecionar universitários de modo gradual são alguns dos objetivos da experiência da UnB (Universidade de Brasília).
Na avaliação seriada, em vez de prestar o vestibular, o aluno passa por três provas ao longo do 2º grau. Por esse sistema, serão preenchidas 25% das vagas anuais da universidade. Os primeiros aprovados pelo novo sistema só serão conhecidos em 1998.
Para Denise, o vestibular exerce uma forte influência no 2º grau, tendendo a mecanizá-lo. A proposta é romper essa influência.
"Pretendemos avaliar a aprendizagem com uma prova que estimule a reflexão, a qualidade, o ensino e o processo."
Para Dantas, que defendeu o atual modelo de exame utilizado pela USP, o vestibular é um mal necessário. Segundo ele, os problemas do exame são um reflexo das deficiências do ensino.
Segundo Vinicius, a UNE não tem uma proposta alternativa ao modelo existente hoje, apesar de considerar o exame um "massacre". Para Maria Helena, do MEC, o sistema de ensino básico já é responsável por uma seleção. Apesar disso, ela afirmou que o vestibular é uma experiência consolidada, legitimada, que deve ser mantida.

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