São Paulo, quarta-feira, 20 de novembro de 1996
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85% dos universitários sofrem assaltos

DA REPORTAGEM LOCAL

O Semesp (Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo) divulgou ontem um levantamento sobre a violência dentro e nas imediações das universidades e faculdades.
O levantamento, que traz dados referentes à capital e Grande São Paulo, aponta que 85% dos alunos sofreram um assalto à mão armada nas redondezas da faculdade, e que 40% das instituições sofrem ocorrências diárias de violência.
Dentro dos estabelecimentos, o tipo de violência mais comum é o furto, que atingiu 45% dos alunos.
O levantamento foi feito em 30% dos estabelecimentos de ensino superior da região, sendo respondido pelos coordenadores administrativos das instituições.
O sindicato está desenvolvendo paralelamente uma pesquisa sobre violência com os 250 mil alunos universitários da região, que deve ser divulgado em janeiro.
Os diretores das instituições devem enviar ao governo estadual as conclusões da pesquisa e sugestões para a resolução dos problemas levantados.
Bips
A Faculdade Anhembi Morumbi está testando um tipo de bip para reforçar a segurança dos alunos.
O bip, que indicaria via rádio a localização do aluno em uma área de 6 km2, seria acionado em caso de emergência.
A segurança da faculdade então chamaria a polícia.
Delduque Oliveira Martins, 33, coordenador administrativo da instituição, afirmou que o bip apresentou problemas nos testes.
"O bip ainda não é satisfatório. Nos testes notamos muita interferência, especialmente em dias de tempo ruim. O fato de haver muita construção nos arredores também atrapalha", afirmou.
Martins deve concluir em dezembro se há possibilidade de implantação do projeto no começo do ano que vem. O novo sistema deverá beneficiar os 7.000 alunos da instituição.
A faculdade, junto com outras organizações da região, obteve a promessa da instalação de um posto da Polícia Militar nas proximidades do estabelecimento.
"O posto já deve estar em funcionamento no começo do ano letivo de 1997", afirma Martins.

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