São Paulo, quarta-feira, 20 de novembro de 1996
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Diretor de arte fica sócio da agência DM9

DA REPORTAGEM LOCAL

A agência de publicidade DM9 está ganhando um novo sócio. A partir de agora, Tomás Lorente, 35, diretor de arte, passa a ter uma participação na agência.
Com essa decisão, que deve ser formalizada na próxima semana, a DM9 passa a ter quatro sócios pessoas físicas e um sócio capitalista, o Banco Icatu. A agência não divulga de quanto é a participação de cada um dos sócios.
Nizan Guanaes, fundador e presidente da DM9, explica que a escolha de Lorente "vem complementar o equilíbrio entre os sócios. Agora, temos um diretor de arte como sócio, trabalhando ao lado de especialistas nas áreas de finanças, atendimento e criação".
A nova formação societária também garantiria a continuidade do crescimento da agência, que está tendo um ano excepcionalmente bom, acrescenta Guanaes.
Em 96, segundo seus cálculos, a DM9 vai fechar com um faturamento de R$ 172 milhões, e uma expansão de 36% em relação ao ano passado.
Mamíferos
A campanha de maior destaque feita pela DM9 este ano foi a dos "mamíferos", para os produtos Parmalat. Mesmo estando fora da televisão desde agosto, continua sendo a campanha mais lembrada pelos consumidores, segundo pesquisa do Datafolha nos dois últimos meses.
No total, a DM9 vai faturar R$ 210 milhões em 1996, informa Guanaes. Os R$ 38 milhões restantes serão faturados pela DM9 Institucional, que cuida de campanhas políticas e que tem como sócio o publicitário Geraldo Walter, que, nas recentes eleições municipais, deu assessoria a José Serra, candidato do PSDB derrotado na cidade de São Paulo.
Lorente começou a trabalhar na DM9 há cinco anos, período interrompido por uma passagem de um ano na Almap. Ele desmente que o convite para ser sócio tenha sido motivado por uma proposta para sair da DM9.
Tendência confirmada
A mudança na DM9 confirma, de qualquer forma, que é cada vez mais forte a tendência entre as agências de propaganda de convidarem seus profissionais que mais se destacam para serem sócios da empresa, uma alternativa para mantê-los na casa.
Mesmo agências internacionais estão seguindo essa política, como é o caso da Young & Rubicam, uma das maiores empresas de publicidade do mundo, que tem como parceiros no Brasil seus principais executivos.
Isso não acontece na maioria dos países onde as grandes agências internacionais atuam, mas é cada vez mais comum no mercado brasileiro, que valoriza os publicitários mais do que outros países.

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