São Paulo, quinta-feira, 21 de novembro de 1996
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"Projeto é constitucional"

RICARDO FELTRIN
DA REPORTAGEM LOCAL

A assessoria jurídica da Secretaria de Habitação rebateu todos os argumentos jurídicos da Comissão de Meio Ambiente da OAB. Segundo a assessoria, os projetos de desafetação são "absolutamente legais e constitucionais".
Para a secretaria, a Lei Orgânica do Município prevê a possibilidade da desafetação das áreas onde estão ou serão construídos prédios do projeto Cingapura, ainda que sejam de uso comum.
O líder de governo na Câmara, Miguel Colasuonno, afirmou que os projetos foram retirados porque apresentariam "problemas técnicos" e que uma "proposta mais globalizante" substituiria os projetos retirados.
Tal proposta já foi enviada pela prefeitura à Câmara e tramita em regime de urgência.
Ela tramitará agora pelas sete comissões permanentes da Casa. O prazo regimental para cada comissão dar seu parecer é de 30 dias, mas a aprovação pode ser obtida em apenas um dia, mediante o chamado parecer conjunto -instrumento regimental destinado a apressar a tramitação de projetos.
A Secretaria de Habitação nega que os projetos tivessem "quaisquer problemas técnicos", como disse Colasuonno anteontem à Folha.
A assessoria jurídica da Secretaria de Habitação também rebateu a afirmação da OAB, de que a venda das áreas de Cingapura só poderia ser efetuada -caso aprovada- mediante licitação.
"A Lei Orgânica do Município (a "constituição de uma cidade") prevê que, no caso de projetos com interesse social, a exigência de licitação pode ser dispensada", informou a assessoria de Lair Krahenbuhl, secretário de Habitação.
(RF)

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