São Paulo, quinta-feira, 21 de novembro de 1996
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Venda de eletroeletrônicos já apresenta sinais de saturação

Crescimento de 96 sobre o ano anterior deve chegar a 30%

FÁTIMA FERNANDES
DA REPORTAGEM LOCAL

A venda da indústria eletroeletrônica desacelerou. Em outubro, aumentou 3,57%, em média, sobre setembro, que havia crescido 6,77% sobre agosto.
A queda na venda de televisores em cores, de 4,90%, e de videocassetes, de 14,43%, no período, freou o ritmo de crescimento do setor.
Na comparação com igual mês de 95, as vendas em outubro foram 21,44% maiores, na média.
Roberto Macedo, presidente da Eletros, que reúne os fabricantes, diz que as lojas não estão conseguindo manter o ritmo de vendas e, por isso, reduziram as compras.
A queda nas vendas de produtos de áudio e vídeo em outubro foi de 0,42%, em média, sobre setembro. Neste grupo incluem-se também radiorrelógios e aparelhos de som.
A linha de portáteis registra aumento de 3,23%, e de linha branca (geladeira e fogões, por exemplo), de 9,63%, no período. Em setembro, a venda de audio e vídeo havia subido 5,08%; a de portáteis, 20,22%, e a de linha branca, 7%.
"A linha branca está sustentando agora o crescimento do setor eletroeletrônico", diz Macedo.
As vendas de linha branca em outubro foram 42,31% maiores do que em igual mês do ano passado.
Macedo diz que a indústria sabe que não é possível continuar crescendo no ritmo em que estava.
Para ele, se a economia se mantiver nas condições atuais -se não houver restrições ao crédito- é provável que em 1997 a indústria eletroeletrônica cresça 10% sobre 1996, quando o crescimento sobre 1995 deve atingir 30%.
No Ponto Frio, por exemplo, a venda de televisores já caiu 10% nos últimos dois meses.
"Acreditamos que o consumo de TV chegou num ponto de saturação", diz Albert Arar, diretor.

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