São Paulo, quinta-feira, 21 de novembro de 1996 |
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BC corrige minibanda cambial; Bolsa cai
JOSÉ CARLOS VIDEIRA
Declarações de membros do governo sobre a manutenção da queda gradual dos juros e da continuidade da política cambial vêm garantindo tranquilidade aos mercados nos últimos dias. Como já vinha sendo aguardado, o Banco Central (BC) realizou ontem a quarta correção na minibanda de variação cambial, que acumula 0,4% no mês. Com isso, o piso da cotação do dólar comercial (usado nas exportações e importações) passou a R$ 1,0305 e o teto, a R$ 1,0355. À tarde, o BC teve de voltar ao mercado para realizar leilão de compra no comercial, pagando o piso da nova minibanda, para segurar a cotação, que esteve pressionada para baixo pelo fluxo positivo de dólares no país. No encerramento dos negócios de ontem, as mesas de câmbio negociavam a moeda norte-americana a R$ 1,0306 na ponta de venda. Para enxugar o excesso de liquidez ontem no sistema, a autoridade monetária também atuou no mercado de juros. O BC realizou leilão informal de LTNs (Letras do Tesouro Nacional) à taxa-over de 2,585%, quando os negócios estavam saindo a 2,66%/2,67%. O vencimento dos títulos prefixados de 102 dias ocorre em março de 97. Bolsas A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) continuou devagar. Segundo operadores, a Bolsa vem sofrendo com a desvalorização dos papéis de segunda linha (menos negociados). O Índice Bovespa recuou 0,23%, fechando em 65.413 pontos ontem, com volume financeiro de R$ 489,58 milhões. O Ibovespa não tem conseguido acompanhar o bom desempenho da Bolsa de Nova York. A queda dos juros dos títulos de 30 anos nos EUA (T-Bonds) tem dado fôlego ao Índice Dow Jones da Bolsa de Nova York, que vem atingindo sucessivos recordes de pontos. Ontem subiu mais 0,48%, acumulando alta de 5,47% no mês, sendo acompanhado por boa parte das Bolsas latino-americanas. Neste mês, até ontem, o Ibovespa subiu apenas 0,1%. Texto Anterior: Supermercado vende mais 7,5% em outubro Próximo Texto: Governo vai mudar carteira de trabalho Índice |
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