São Paulo, quinta-feira, 21 de novembro de 1996
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Governo vai mudar carteira de trabalho

SHIRLEY EMERICK
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo vai mudar a carteira de trabalho para dificultar fraudes e falsificações. O novo modelo será confeccionado pela Casa da Moeda. Todas as informações referentes ao trabalhador serão digitadas por computador e protegidas por material plástico, como os passaportes.
A nova carteira será testada inicialmente no Paraná, em janeiro. A partir de julho, a expectativa é que esteja em todo o país.
O ministro Paulo Paiva (Trabalho) disse que essas modificações irão dificultar as fraudes para obtenção do seguro-desemprego:"Não haverá rasuras, e os dados pessoais estarão protegidos".
A nova carteira também trará o número de inscrição do trabalhador no PIS (Programa de Integração Social). Ela terá espaço para as anotações sobre o saldo do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e o número será incluído na base de dados da CEF (Caixa Econômica Federal).
As folhas serão costuradas para evitar substituição de qualquer dado. As atuais carteiras de trabalho são grampeadas. A foto de identificação também será computadorizada.
O ministério tem 4.000 postos de Delegacias Regionais do Trabalho em todo o país. A partir de julho, todos estarão equipados para emitir a nova carteira de trabalho.
Imigrantes
Outra novidade dessa alteração é a mudança da cor da carteira para os trabalhadores imigrantes, que será verde. Para os brasileiros, a cor permanece a mesma, azul.
A troca das carteiras poderá ser feita gratuitamente. Em caso de perda, o trabalhador vai pagar uma pequena taxa, que ainda não está definida.
A emissão da carteira não será imediata, como é hoje. Ela será entregue ao trabalhador dois dias após o pedido.
"Esse novo sistema de proteção vai reduzir o custo para a sociedade, porque vai dificultar as fraudes do seguro-desemprego e também diminuir a emissão de carteiras", afirmou Paulo Paiva.
Segundo ele, o ministério emite anualmente seis milhões de unidades em todo o país.

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