São Paulo, quinta-feira, 21 de novembro de 1996 |
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'Junior' é obra de cálculo
INÁCIO ARAUJO
"Junior" começa por uma idéia também pertinente. A inseminação artificial e suas inesperadas decorrências são assunto atual. A isso o filme acrescenta um toque feminista, ao propor que um homem engravide. Depois, faz com que esse homem seja Arnold, criando o paradoxo -o máximo do machão jogado na situação feminina por excelência. Por fim, o astro é devidamente cercado: Danny DeVito -seu comparsa quase habitual- e Emma Thompson ficam a seu lado, para garantir qualquer falha. A questão é que, enquanto agita protótipos de sexualidade e fantasias científicas, "Junior" se debate entre a acomodação a necessidades (supostas) do mercado e a busca de originalidade. É como um filho que fosse puro produto de cálculo, não de desejo. Daí resulta um filme balbuciante como um recém-nascido, sem nada de efetivo a dizer. Por outro lado, "Junior" diz muito sobre a crise de criatividade na Hollywood atual. (IA) Texto Anterior: CLIPE Próximo Texto: A violência das portas de banco e as notas de R$ 50 Índice |
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