São Paulo, sexta-feira, 22 de novembro de 1996
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Chuva mata mais 1, e Rio entra em alerta

DANIELA SCHUBNEL

DANIELA SCHUBNEL; WILSON TOSTA
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Queda de barreira interdita a Dutra; casa é soterrada em Petrópolis; em Teresópolis, deslizamento fere três

WILSON TOSTA
A chuva que não pára no Rio desde a tarde de quarta-feira levou a Defesa Civil a decretar estado de alerta. Nas últimas 24 horas, choveu 87,5 mm no centro do Rio. A média histórica para todo o mês de novembro é de 95,6 mm.
Segundo os técnicos da Defesa Civil -que atenderam a dezenas de chamados-, as chuvas só não causaram maiores danos porque estão sendo graduais.
Vários pontos do Estado permaneceram sob fortes chuvas, que causaram mais uma morte e provocaram deslizamentos de terra em cinco municípios.
Graziane Santos, 12, morreu soterrada em sua casa, no bairro do Açude 2, em Volta Redonda (a 134 km do Rio). Na madrugada de domingo para segunda, as chuvas causaram um deslizamento de terra em Petrópolis que soterrou três casas e matou seis pessoas.
Por causa da chuva, o nível do rio Paraíba do Sul subiu 1,20 m e ameaça transbordar.
Duas quedas de barreira atingiram a Dutra na altura do km 222, em Piraí, na serra das Araras, sentido Rio-São Paulo. O primeiro foi às 9h e causou 8 km de congestionamento. Às 16h40 houve um novo deslizamento, que voltou a bloquear a pista. Até o início da noite, não havia previsão de liberação.
Em Itatiaia, no km 323 da Dutra, um muro caiu e levou o acostamento e a pista da direita (sentido São Paulo-Rio), às 13h.
A rodovia Rio-Petrópolis também foi atingida por um deslizamento de barreira no sentido de Juiz de Fora (MG), na altura do km 87, em Duque de Caxias (Baixada Fluminense), às 10h30. Até o início da noite o tráfego entre os kms 83 e 89 era feito em mão dupla.
Houve deslizamentos em Petrópolis e Teresópolis, cidades da região serrana, sem vítimas graves.
Em Petrópolis, uma casa ficou soterrada no bairro Roseiral. Em Teresópolis houve deslizamentos no morro do Tiro e em Rosário, onde três pessoas saíram feridas.
Na Baixada Fluminense, dois municípios foram atingidos. Uma casa caiu no Jardim Metrópole, em São João de Meriti, mas ninguém se feriu. Em Duque de Caxias uma casa foi interditada porque uma caixa d'água ameaçava desabar.
A ponte aérea Rio-São Paulo ficou interrompida desde as primeiras horas da manhã até as 9h50, quando o Aeroporto Santos Dumont foi reaberto. Só o primeiro vôo, que saiu de São Paulo às 6h30, pousou no Santos Dumont. O segundo, das 7h15, foi desviado para o Aeroporto Internacional.
O trânsito ficou lento pela manhã na ponte Rio-Niterói, por causa de buracos abertos, com as chuvas, no vão central. Na avenida Brasil, também houve lentidão por causa de bolsões de água.

Texto Anterior: Advogado quer alterar lei
Próximo Texto: Chuva cancela 12 vôos da ponte aérea
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.