São Paulo, sexta-feira, 22 de novembro de 1996
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Consulado dos EUA aprova visto de garoto que havia sido barrado

FREE-LANCE PARA A FOLHA

O cônsul norte-americano para assuntos de imprensa, Michael Hahn, disse que foi aprovado ontem o pedido de entrada nos Estados Unidos do menino Carlos Alexandre Rossi, 6.
O visto vai ser retirado segunda-feira à tarde. O fiscal de renda Luiz Carlos Rossi, 48, pai de Carlos, acusa funcionários do consulado dos EUA de racismo, pois o filho dele foi o único menino do grupo que viajará para a Flórida a ter o visto negado.
Carlos Alexandre também é o único mulato do grupo de 19 alunos do Dice English Course, que fará intercâmbio de três semanas nos EUA, em janeiro de 97.
"Reavaliaram nosso caso por causa da imprensa e do reverendo Jesse Jackson", disse Rossi.
O reverendo está no Brasil em comemoração ao Dia da Consciência Negra e vai se encontrar domingo à tarde com o menino, na Mangueira (zona norte do Rio).
O cônsul nega as acusações de racismo. Segundo Hahn, faltavam informações no formulário de pedido de visto.
"Agora o pai preencheu corretamente. Os documentos foram analisados, e o visto está garantido. Ele está com protocolo para voltar segunda-feira."
Ontem, debaixo de chuva, Rossi ficou na fila do visto das 3h30 às 7h50. O menino e mãe, Mônica, chegaram às 7h25. "Não posso pagar R$ 70 para guardar lugar." O cônsul diz que não há necessidade de chegar tão cedo: "Atualmente, não demora mais de duas horas".
Segundo Rossi, desta vez, os funcionários foram educados. "Normalmente, os funcionários são arrogantes e humilham brasileiros."
Segundo o cônsul, os funcionários estão em treinamento para melhorar o atendimento.

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