São Paulo, sexta-feira, 22 de novembro de 1996 |
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Autopeças fará nova proposta ao governo para elevar alíquota Aumento é 'insuficiente', diz Paulo Butori ARTHUR PEREIRA FILHO
A decisão será tomada dia 28 pelos 25 maiores fabricantes de autopeças do país, que compõem o conselho do Sindipeças. "O setor ficou insatisfeito com a nova alíquota", diz Paulo Butori, presidente do Sindipeças. "É uma medida insuficiente." O Sindipeças queria que a alíquota média, entre 97 e 99, subisse de 7,2% para 12,8%, um aumento de 78%. O decreto do governo, diz Butori, eleva a média para 8,8%, acréscimo de 22,2%. "Vamos refazer os cálculos para ver se é possível apresentar uma proposta alternativa", afirma. Sem imposto maior, a situação da indústria de autopeças não deve mudar. "O processo de demissões continua", afirma Butori. Além de elevar a alíquota, os fabricantes querem alterar a redação do artigo 7º da MP (medida provisória), que fixa critérios para definir o índice de nacionalização dos carros, estabelecido em 60% pela MP. Segundo Butori, a única forma de efetuar a fiscalização é conhecer o valor de aquisição dos componentes no país e exterior. O Sindipeças reclama que o texto da MP não fala em " valor de aquisição", mas apenas no "valor" dos produtos. "Da forma como está, o governo não tem como fiscalizar. Terá de acreditar na palavra das montadoras", diz Butori. O resultado, segundo ele, seria o aumento da participação das peças importadas no veículo nacional. Texto Anterior: Risco de incêndio é maior Próximo Texto: Balanço da Varig registra o 1º lucro trimestral desde 1995 Índice |
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