São Paulo, sexta-feira, 22 de novembro de 1996
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Rio discursa agora em 'economês'

MÁRIO MAGALHÃES e SERGIO TORRES

MÁRIO MAGALHÃES; SERGIO TORRES; FERNANDO PAULINO
DA SUCURSAL DO RIO

Estabilidade econômica é usada para convencer inspetores que avaliam a candidatura olímpica da cidade

O Comitê Rio 2004 resolveu concentrar seus esforços a partir de hoje para tentar vender ao COI (Comitê Olímpico Internacional) a imagem de modernidade e estabilidade da economia brasileira.
Para tanto, o economista Carlos Langoni, ex-presidente do Banco Central, foi convocado para falar hoje à comissão do COI que avalia as 11 cidades candidatas a abrigar os Jogos de 2004, inclusive o Rio.
Os visitantes também assistirão a um vídeo sobre a economia brasileira e conversarão sobre o assunto com o presidente Fernando Henrique Cardoso.
O caráter do encontro com FHC, antes uma formalidade diplomática, foi alterado e se transformou em uma espécie de grupo de trabalho como forma de avalizar os aspectos políticos e econômicos da candidatura.
A imagem de país inflacionário antes do Plano Real e as fragilidades estruturais de nação do Terceiro Mundo são vistas pelo Rio 2004 como o aspecto mais débil da candidatura.
Explosão social
Diretor do Centro de Economia Mundial Fundação Getúlio Vargas, Langoni dirá aos emissários do COI que não há risco de uma explosão social no país até 2004.
Ele também vai tranquilizar a entidade quanto à possibilidade de volta da inflação elevada. Conforme adiantou ontem à Folha, Langoni vai dizer que "a economia brasileira está aberta e desindexada, por isso a inflação não vai voltar."
A palestra do presidente Fernando Henrique Cardoso sobre a "estabilidade" já estava prevista para antes do jantar que ele oferecerá amanhã à comissão no Palácio Itamaraty, no Rio.

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