São Paulo, sexta-feira, 22 de novembro de 1996
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Férias forçadas dividem Corinthians

JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
DA REPORTAGEM LOCAL

A desclassificação do Brasileiro gerou uma crise entre o técnico Nelsinho e a diretoria corintiana.
O treinador quer antecipar as férias dos jogadores de 16 para 3 de dezembro. Nesse caso, os atletas iniciariam a preparação para a temporada 97 no dia 2 de janeiro.
Dia 18 de janeiro, o time estréia no Torneio Rio-São Paulo.
A diretoria, porém, é contra a antecipação das férias e negocia excursão à Alemanha e ao Japão.
Na opinião de Nelsinho, a viagem à Europa e ao Oriente Médio atrapalharia os treinos em 97. "Já começaríamos o ano com o pé esquerdo", avisou a Wadih Coury, diretor de futebol do clube.
O dirigente rebateu o comentário do treinador, afirmando que não é ele, Nelsinho, quem paga os salários do time.
Para resolver o impasse, o técnico, que tem contrato até julho, terá uma reunião segunda-feira com o dirigente José Mansur.
A reformulação
No encontro com a direção corintiana, Nelsinho deverá entregar uma lista com os nomes dos atletas com que pretende trabalhar em 97. "Quero ter 22 jogadores, além de 3 goleiros."
O zagueiro Alexandre Lopes, o meia Souza e o atacante Joel devem deixar o clube.
O atacante Kelly, vendido pelo Bragantino ao Lousano Paulista, deve ser repassado ao Corinthians.
"Se contratarem os reforços indicados pelo Nelsinho, ficaremos com um ótimo time", disse o meia Neto, que esteve ontem no Parque São Jorge.
As divergências
Se alguns jogadores não gostaram da arbitragem de José Marcondes na derrota para o Inter, 2 a 0, anteontem em Porto Alegre, outros acharam que o problema foi o descontrole emocional do time.
"Eu não perdi a cabeça", disse o zagueiro Célio Silva, em alusão às expulsões de Marcelinho e Neto, por reclamação.
"Não podíamos ficar discutindo até por escanteio", protestou Nelsinho, referindo-se ao lance que originou o cartão vermelho para Marcelinho.

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