São Paulo, sexta-feira, 22 de novembro de 1996 |
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Spacehog promete o show mais melódico do Close Up Planet
MARISA ADÁN GIL
O grupo foi chamado para substituir o Porno for Pyros, que desistiu por problemas de saúde. "Estamos animadíssimos", diz Antony Langdon, guitarrista da banda. "Confesso minha total ignorância sobre a América do Sul. Quero aprender tudo que puder." Como referência, Langdon tem apenas o sucesso do Queen em terras brasileiras. "Sei que Freddie Mercury era muito querido aí. Espero seguir seus passos." Com apenas um disco lançado, "Resident Alien", e um hit mediano nos EUA ("In the Meantime", mostrado aqui pela MTV), o grupo -que tem como vocalista o irmão de Antony, Royston Langdon- luta para conquistar público e credibilidade. Sua situação é especialmente complicada: os integrantes são ingleses, mas formaram a banda em Nova York, em 1994. "Não somos parte da cena musical de nenhum dos dois países", diz Langdon. "Os americanos gostam de um rock mais básico, então somos melódicos demais para eles. Mas não melódicos o suficiente para sermos aceitos pelo britpop." O bom desempenho do disco "Resident Alien" em solo americano não convenceu os ingleses. "Os britânicos não gostam de pessoas que fazem sucesso nos EUA primeiro", diz o guitarrista. Ziggy Langdon acredita que o Spacehog será uma espécie de "patinho feio" do festival. "Todas as outras bandas têm som mais pesado que o nosso. O único outro grupo que faz um som melódico é o Sex Pistols." É uma avaliação incomum. "Vi o show dos Pistols em Nova York, não é aquela coisa punk maluca que você imagina. Com o som limpo, você percebe que eles fazem ótimas canções pop!" A imprensa acusa o grupo de imitar David Bowie, fase Ziggy Stardust. "Seria bem pior se nos comparassem com a Mariah Carey!", diz Langdon. "A voz do meu irmão é parecida com a do Bowie, mas temos muitas outras influências, como Queen, Thin Lizzy, Lou Reed." Na música atual, diz ser inspirado pelo Beck. Sua mais recente descoberta é a banda Kula Shaker, sensação na parada inglesa. "Não é original, mas é bom. O problema é que lá todo mundo vê os mesmos programas e compra as mesmas revistas. Então, qualquer grupo vira uma sensação em uma semana. Nos EUA, leva anos..." Festival: Close Up Planet Quando: dia 29, às 17h (Rio); dia 30, às 15h (São Paulo) Onde: SP - Pista de Atletismo do Ibirapuera (r. Manoel da Nóbrega, 1.361, tel. 011/253-5335; RJ - Praça da Apoteose Quanto: R$ 30 e R$ 45 (SP); R$ 20 (RJ) Postos de Venda: SP - Woodstock Discos (r. Dr. Falcão, 157, tel. 011/605-3976), Music Company (r. Augusta, 2.690, loja 14), bilheterias do Ibirapuera; RJ - lojas Atol das Rocas dos shoppings Barrashopping e Riosul Texto Anterior: Suzano tira o pandeiro do anonimato Próximo Texto: Paralamas balançam brasileiros da Flórida Índice |
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