São Paulo, sábado, 23 de novembro de 1996 |
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Família de garoto morto por PM decide pedir indenização
FÁBIO ZANINI
"Vamos cobrar do Estado a responsabilidade que tem nesse caso. O garoto não foi culpado pelo que ocorreu", diz Paulo Luís de Souza, advogado contratado pela família. Ânderson, que foi enterrado ontem, morreu a 70 metros de sua casa, no Jardim Valdíbia, bairro de classe média baixa da cidade. Segundo a família, Ânderson brincava com um revólver de espoleta, quando foi abordado por dois PMs que pensaram que ele tinha uma arma de verdade. Um dos policiais, o cabo Alexandre Dimopoulos, 25, teria feito dois disparos, apesar de o garoto ter dito que o revólver não era real. Os tiros atingiram o peito e o queixo de Ânderson. Segundo os policiais, foi o garoto que disparou primeiro, ferindo o soldado Wagner Novo, 25, no polegar da mão esquerda. Seu colega teria disparado em legítima defesa. O delegado do 3º DP, Wagner Lombisani, disse que pediu a realização de perícia na arma do PM e em uma pistola 635 que teria sido apreendida em posse do garoto. Foram feitos exames no polegar do PM ferido e na mão do garoto. Arma de brinquedo Uma quadrilha que receptava aparelhos eletroeletrônicos roubados foi presa anteontem à noite pela PM em uma travessa da estrada das Lágrimas, na zona sul de São Paulo. Foram presos quatro suspeitos de descarregarem um caminhão Mercedes Benz com parte da mercadoria. O dono do veículo, Renato Lúcio de Campos, 38, suspeito de integrar a quadrilha, foi baleado e morreu no PS de Heliópolis. Com ele foi encontrado um revólver de brinquedo, imitação de uma pistola Smith & Wesson, calibre 45. Texto Anterior: Show e jogos podem ficar sem segurança Índice |
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