São Paulo, sábado, 23 de novembro de 1996
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Grupo quer saber quem bancará a agenda

DA SUCURSAL DO RIO

A comissão do COI (Comitê Olímpico Internacional) que avalia o Rio como possível sede da Olimpíada de 2004 reuniu-se ontem à noite com representantes de organizações não-governamentais para conhecer a Agenda Social Rio 2004 e a opinião de ONGs sobre a candidatura carioca.
"Nós queremos saber como as políticas sociais se ligam com os Jogos", afirmou o presidente da comissão, Thomas Bach.
Quatro comissários ouviram o coordenador do movimento Viva Rio, Rubem César Fernandes, e o vereador Alfredo Sirkis (PV-RJ), que defende também uma agenda ambiental, de recuperação do meio ambiente do Rio.
A reunião não teve a presença do sociólogo Herbert de Souza, o Betinho, que estava com problemas de saúde.
Betinho, que é o principal defensor da Agenda Social, deve se encontrar com Bach amanhã.
Agenda Social Rio 2004 é o nome de um documento formulado por diversas entidades da sociedade civil, estabelecendo metas que deveriam ser atingidas até 2004.
São elas:
1) urbanização das favelas;
2) habitação para as pessoas que moram nas ruas;
3) educação e alimentação para todos os jovens;
4) acesso facilitado a atividades esportivas.
Os integrantes da comissão do COI deram um prazo de um mês para que seja apresentado um plano detalhado de como essas metas seriam atingidas.
O COI quer receber um cronograma de trabalho até 2004 e um detalhamento de custos, com indicação de quais seriam as fontes de recursos para a execução da Agenda Social.
Entre as entidades que apóiam a Agenda Social estão o Ibase (Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas), a Fundação Ayrton Senna e o Viva Rio.
As entidades apresentaram a Agenda ao Comitê Rio 2004, responsável pela candidatura do Rio, que a incorporou como um objetivo prioritário da Olimpíada.
"O principal sentido de realizar os Jogos é, com investimentos públicos e privados, melhorar a qualidade de vida da população", disse o presidente do comitê, Ronaldo Cezar Coelho.

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