São Paulo, sábado, 23 de novembro de 1996
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Governo dos EUA cria novas regras para o uso de airbags

Artefato foi responsável pela morte de 31 crianças

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

O governo dos EUA anunciou ontem novas exigências para o uso de airbags em automóveis. O artefato, que tem o objetivo de proteger pessoas em acidentes, foi responsabilizado pela morte de 31 crianças e 20 adultos de baixa estatura. Cerca de 1.600 vidas foram salvas pelos airbags no país.
Um aviso em cinco locais diferentes de todos os automóveis produzidos nos EUA a partir de janeiro de 1997 deverá alertar para o risco de morte para crianças que viajem no banco dianteiro dos carros.
O governo ainda não decidiu se vai permitir a desativação dos airbags em oficinas mecânicas. Por enquanto, só o dono de um automóvel pode desativar os airbags de seu carro. Como se trata de operação complexa, são poucos os casos de desativação.
Até o final da década, a indústria automobilística deverá equipar todos os carros produzidos nos EUA como airbags que abram com menos força do que os atuais. Os casos de mortes provocadas por airbags ocorreram devido ao impacto do saco sobre crianças ou adultos pequenos, que foram sufocados.
A Agência Nacional de Segurança nas Rodovias, encarregada das decisões, disse estar confiante na utilidade dos airbags, mas também empenhada em diminuir os seus riscos de provocar danos.
Ela acha possível reduzir a intensidade do impacto do artefato sobre o corpo do motorista e do passageiros em até 35%, o suficiente para evitar a morte.
Mas a agência recomenda que, mesmo quando essas modificações forem feitas, todas as crianças devam continuar sempre viajando nos bancos traseiros dos automóveis.
(CELS)

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