São Paulo, sábado, 23 de novembro de 1996
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Envio de tropa é adiado

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Cifras contraditórias sobre a quantidade de refugiados que continuam se deslocando no Zaire com destino a Ruanda impediram que fosse tomada uma decisão sobre o envio de uma força militar internacional à região.
Representantes de 30 países e de organizações internacionais se reuniram ontem em Sttutgart (Alemanha) para avaliar a situação. O Canadá, país que se ofereceu para liderar a missão ao Zaire, e a França insistiram na necessidade de envio da tropa.
Outros países, principalmente os EUA, querem que a missão tenha contingente reduzido e apenas distribua ajuda humanitária.
Segundo estimativas do Acnur (Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados), há cerca de 700 mil refugiados hutus no Zaire, a caminho de Ruanda e Burundi.
O general Edwin Smith, chefe do comando dos EUA em Kigali, estimou o número em 175 mil. O levantamento norte-americano, assim como o da ONU, estaria baseado em fotos de satélites e vôos de reconhecimento.
Por causa da disparidade dos dados, ficou decidido que será marcada uma nova reunião, na semana que vem, para decidir sobre o envio da tropa.
O êxodo de refugiados foi desencadeado por uma ofensiva de rebeldes tutsis iniciada na semana passada no leste do Zaire.
Os ataques provocaram a fuga de milicianos hutus, que controlavam os campos de refugiados e impediam o retorno dos membros da etnia.
Ontem foram registrados combates entre rebeldes tutsis e milícias hutus na região norte do lago Kivu.

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