São Paulo, terça-feira, 26 de novembro de 1996
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Negociação no mês atinge R$ 2,3 milhões

DA REPORTAGEM LOCAL

Neste mês, os negócios com as ações preferenciais (sem direito a voto) do Banespa na Bolsa de Valores de São Paulo já alcançam R$ 2,341 milhões. Destes, R$ 1 milhão foi negociado durante o dia de ontem -42,7%.
É pouco, se comparado ao volume total movimentado na Bovespa -R$ 294,7 milhões somente ontem-, mas é significativo diante do risco que o papel representa e dos volumes negociados até então (R$ 1,4 milhão por mês, segundo a Economática).
Segundo um operador de mercado, as ações do Banespa têm sido negociadas a preços de uma empresa falida, o que aumenta seu potencial de ganhos e seus riscos.
Para se ter uma idéia, com os últimos dados disponíveis -o banco não publica balanço desde 1994- estima-se que as ações preferenciais, a preços de ontem, valem mísero 0,0771% do valor patrimonial contábil.
Pelas regras universais da contabilidade, o patrimônio líquido do Banespa está hoje negativo, ou seja, o banco não tem capital suficiente para cobrir seus prejuízos.
Ação judicial
Mas o Banco Central não pôde publicar um balanço do Banespa nesses termos, como gostaria, devido a uma ação judicial impetrada pelo ex-governador de São Paulo Orestes Quércia.
Caso saia de fato o acordo do governo com o BC para capitalizar o banco, as ações poderão ter algum valor real. Caso não saia o acordo e o banco seja liquidado, elas podem simplesmente desaparecer.

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