São Paulo, terça-feira, 26 de novembro de 1996
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Enfermeira dribla seis policiais e mata namorada de ex-marido

DA AGÊNCIA FOLHA, EM LONDRINA

O corpo da secretária Jaqueline Carneiro Lobo, 21, foi enterrado anteontem em Londrina (379 km ao norte de Curitiba).
Jaqueline Lobo foi morta na sexta-feira com um tiro, na têmpora esquerda, pela enfermeira Maria Suely Costa Moura, 39, ex-mulher de seu namorado, o médico João Bento de Moura Neto.
Maria Suely Moura foi presa em flagrante por seis policiais militares que tentavam desarmá-la em um escritório de advocacia, no centro de Londrina, onde a secretária trabalhava.
Ontem, o delegado José Antônio Zuba Oliva, do 2º Distrito Policial de Londrina, disse que ela está presa em uma cela "para evitar a possibilidade de suicídio".
O advogado dela, Antônio Carlos Vianna, disse que vai entrar com pedido de habeas corpus para que a enfermeira responda ao processo em liberdade.
Parentes da vítima estão revoltados com os policiais que, segundo eles, poderiam ter evitado sua morte. "Nos preocupa a falta de preparo desse pessoal", disse Adriano Lobo Ximenes, primo de Jaqueline.
A PM de Londrina nega as acusações. Segundo o 5º Batalhão da PM em Londrina, os policiais foram acionados para evitar uma tentativa de suicídio e não sabiam da hipótese de briga passional.
Separada judicialmente há um mês do médico João Bento de Moura, Maria Suely invadiu na sexta-feira à tarde o escritório de advocacia onde Jaqueline trabalhava. Ela agrediu a secretária e disparou um tiro, errando o alvo.
Jaqueline e dois advogados do escritório fugiram para uma sala ao lado e acionaram a polícia.
Seis PMs chegaram ao local, e Maria Suely ameaçou se matar. Depois de aparentemente acalmada pelos PMs, a enfermeira -que não foi desarmada pela polícia- disparou novo tiro e acertou.

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