São Paulo, terça-feira, 26 de novembro de 1996
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Justiça decide se acusados de fraude na saúde serão julgados

Acusados teriam feito falsas compras para secretaria no Rio

DA SUCURSAL DO RIO

O Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Rio decidirá amanhã se o ex-presidente da Assembléia Legislativa José Nader, o ex-secretário estadual da Saúde Astor de Mello e outros 82 acusados irão a julgamento por supostas fraudes com verbas da área, presumivelmente ocorridas em 1993 e 1994.
A cúpula do Judiciário fluminense, composta pelos 25 desembargadores mais antigos, vai decidir se aceita ou não a denúncia por peculato (desvio de recursos envolvendo servidor público) e formação de quadrilha, feita pelo procurador-geral de Justiça, Hamilton Carvalhido.
Segundo a denúncia, os acusados fizeram, por meios fraudulentos, notas "frias", falsas compras de mercadorias para a Secretaria da Saúde.
Ainda de acordo com a denúncia, Nader e outro acusado, o deputado estadual Aluízio de Castro (PPB) indicaram funcionários para postos-chave no Estado, possibilitando os desvios de recursos. Mello autorizaria os pagamentos.
Outros acusados pertencem a empresas fornecedoras envolvidas na fraude.
As acusações se baseiam em um relatório do TCE (Tribunal de Contas do Estado) que apontou os supostos desvios. Só de verbas da União, repassadas para a área estadual de saúde, foram desviados mais de R$ 2,9 milhões.
Quando o relatório foi divulgado, em 95, Mello negou saber das fraudes e Nader e Castro negaram envolvimento. O presidente do Tribunal de Justiça, desembargador José Lisboa da Gama Malcher, disse que só amanhã o Órgão Especial deverá decidir se aceita ou não a denúncia.

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