São Paulo, terça-feira, 26 de novembro de 1996
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Nordeste tem resultado inferior

DANIELA FALCÃO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Os alunos do 3º ano do 2º grau das regiões Norte e Nordeste tiveram desempenho semelhante ao dos alunos da 8ª série do 1º grau do Sul, Sudeste e Centro-Oeste.
Nos testes de matemática, por exemplo, 80% dos alunos do Sul e Sudeste conseguiram responder às questões que exigiam operações com números decimais e fracionários e conversão de horas em minutos ou segundos (nível 225).
Resultado idêntico ao dos alunos do 3º ano do 2º grau do Nordeste e um pouco abaixo do obtido pelos alunos da região Norte, onde 85% conseguiram responder às questões de matemática do nível 225.
Para o MEC, a suposta falta de qualificação dos professores do Norte e do Nordeste e o alto índice de evasão e repetência nessas regiões são os principais culpados pelo desempenho inferior ao do resto do país.
"Faltam bons professores de física, química e matemática no Nordeste e no Norte porque o salário é baixo", diz Maria Helena Castro, secretária de Avaliação e Informação Educacional do MEC.
Os professores da rede pública do Distrito Federal são os que recebem os melhores salários de todo o país: ganham, em média, R$ 1.500 e 70% têm curso superior. Já o maior salário dos professores da rede pública do Rio Grande do Norte é de R$ 100 mensais.
O desempenho negativo dos alunos de 2º grau do Nordeste se restringe às escolas públicas. Nas particulares, a diferença entre praticamente desaparece.
(DF)

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