São Paulo, terça-feira, 26 de novembro de 1996
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Ex-policial afirmou que crime não foi planejado

DA SUCURSAL DO RIO

Na confissão à Polícia Civil, o ex-PM Nélson Oliveira dos Santos Cunha disse que a chacina não foi planejada com antecedência.
Cunha disse que saiu com os demais chacinadores pensando que iria procurar um homem que, na véspera, havia participado do roubo de seu apartamento no Rio Comprido (zona norte do Rio).
Cunha disse que prendeu os dois ladrões, levando-os à delegacia, que os teria liberado. No dia 22, ele teria sido procurado pelo amigo Marcos Vinícius Borges Emmanuel, também soldado.
Segundo Cunha, Emmanuel disse que "havia encontrado o cara". O "cara", teria presumido Cunha, seria um dos ladrões.
À dupla, teria se juntado o ex-PM Maurício da Conceição, o Sexta-Feira Treze (já morto), e o soldado Marcos Alcântara.
Cunha diz que, no caminho, suspeitou que eles estavam procurando os menores de rua que, naquela tarde, tinham se envolvido em briga com PMs perto da Candelária.
A participação de Cunha teria se limitado a um tiro casual contra a cabeça de Wagner dos Santos. Também réu confesso, Emmanuel foi condenado a 89 anos de prisão.

Texto Anterior: Testemunha da chacina chega ao país
Próximo Texto: Capitania investiga naufrágio em rio do Pará
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.