São Paulo, terça-feira, 26 de novembro de 1996 |
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Terrorismo é levantado em Buenos Aires
RODRIGO BERTOLOTTO
"Segurança é um dos 19 critérios que verificamos. Queremos saber o que o governo está fazendo quanto a isso", afirmou Thomas Bach, chefe da delegação. Buenos Aires foi alvo de dois atentados que ainda não tiveram seus responsáveis identificados. Em 1992, explodiu a embaixada de Israel. Dois anos depois, foi a vez da Amia (Associação Mutual Israelita Argentina). "O terrorismo é um mal universal. Há também na Alemanha e nos EUA", replicou o prefeito da capital argentina, Fernando de la Rúa. A comissão do COI pousou no aeroporto Jorge Newbery às 14h45 e foi recepcionada por crianças e senhoras vestidas com os trajes típicos dos 15 países de origem dos 20 inspetores olímpicos. A recepção foi discreta: a comissão saiu do avião ao som de uma banda militar e cumprimentou as autoridades presentes, tendo ao fundo um balão com o logotipo da candidatura (uma gaivota sobre os cinco anéis olímpicos). Bach falou com a imprensa, depois todos entraram no ônibus que os levaria ao hotel. "Não queremos sufocar os visitantes. Vamos dar o máximo de liberdade a eles", disse o prefeito de Rúa, perguntado pela recepção modesta para a comissão. "Não tive tempo de aprender a sambar. Acho que também não conseguirei dançar tango", afirmou Bach, sobre sua visita ao Rio. Os postes e os pontos de ônibus das principais avenidas estão decorados com os símbolos olímpicos, mas as 300 mil camisetas e bandeiras distribuídas pela organização ainda não se fizeram ver. O país irá renovar seus deputados e senadores em 97, justamente quando acontecem o primeiro e o segundo turno para a eleição da sede dos Jogos de 2004. "Não há vantagem política. Se vencermos, todos os partidos vão comemorar", nega De La Rúa. Texto Anterior: Nuzman põe fim à euforia do Rio 2004 Próximo Texto: America's Cup traz a geração de 2004 Índice |
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