São Paulo, terça-feira, 26 de novembro de 1996 |
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Coro enche catedral de Salvador com "Oratório de Natal"
HAROLDO CERAVOLO SEREZA
No último final de semana, no sábado, às 18h, na catedral de Salvador, e no domingo, às 11h, na igreja Santa Tereza, o Coro, o Coro de Câmara e a Orquestra Barroco na Bahia apresentaram o "Oratório de Natal", do compositor alemão e luterano Johann Sebastian Bach (1685-1759). "Na Europa, não existe Natal sem o 'Oratório' e sem 'Noite Feliz"', diz o padre. O coro, não-profissional, é formado por 126 pessoas de Salvador. A mais velha corista, Martha Olindina Bispo, tem 83 anos. No sábado, depois de uma sexta-feira de chuva e caos na cidade, o evento lotou a catedral Basílica de Salvador e foi gravado pela TVE. A apresentação do coro, da orquestra e dos solistas alemães convidados foi, vez ou outra, acompanhada por buzinas de carros que passavam pelo Pelourinho e por um flautista que tocava próximo à porta da igreja. A porta, devido ao calor, foi mantida aberta. Bach é um compositor barroco tardio. Quando nasceu, a catedral, coberta de ouro e com ornamentos em prata, já estava concluída (a construção começou em 1657 e terminou em 1672). O barroco é um dos movimentos artísticos que mais marcaram a cultura baiana. Entre seus expoentes estão o escritor Gregório de Matos e o padre Antônio Vieira. Esse fato, entretanto, não anima o padre Hans a montar peças produzidas no período por músicos baianos. "Procurei nos arquivos, mas encontrei pouca coisa, peças pequenas." Hans fala português, com um sotaque carregado. Mas prefere o latim em suas missas -só nos sermões usa a língua portuguesa. Entre os projetos do padre, está a montagem da ópera "Fidelio", de Beethoven, em agosto de 1997. O jornalista Haroldo Ceravolo Sereza viajou a Salvador a convite do grupo Boehringer Ingelheim. Texto Anterior: 'Celebration' é presente para desafetos Próximo Texto: 'Celebration' é presente para desafetos Índice |
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