São Paulo, quarta-feira, 27 de novembro de 1996
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Italianos mostram indiferença à conquista

RICARDO SETYON
ESPECIAL PARA A FOLHA, DE TÓQUIO

Pela primeira vez numa disputa de Mundial Interclubes, a equipe vencedora parecia mais triste do que feliz. Após a partida, os jogadores da Juventus simplesmente não sorriam. Alguns até pareciam irritados.
O treinador Marcello Lippi interrompeu a entrevista coletiva e abandonou a sala.
Quem levou a taça para o ônibus não foi nenhum jogador, mas o assessor de imprensa. Foi um clima oposto ao da conquista da Copa dos Campeões da Europa, em maio. Naquele dia, os italianos fizeram festa, de fato.
A atitude da Juventus reforçou as críticas dos jornalistas japoneses, de que os europeus não dão importância a essa disputa, ao contrário dos sul-americanos.
"Estamos mais concentrados na Copa dos Campeões e no Campeonato Italiano, onde os prêmios são maiores e há mais gente assistindo. Ganhar essa copa nos dá orgulho, mas não razão para festa. Se perdêssemos, não aconteceria nada. Estamos mais preocupados em como enfrentar o Bologna, vice-líder do Italiano, no domingo", explicou o zagueiro Ciro Ferrara.

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