São Paulo, quarta-feira, 27 de novembro de 1996 |
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Juventus conquista Mundial em Tóquio
SÍLVIO LANCELLOTTI
O jogo aconteceu no estádio Nacional de Tóquio, diante de 62 mil espectadores, 130 deles platinos e 200 peninsulares. O clima ajudou. Não choveu e a temperatura pairou na casa dos 12 graus. O placar não refletiu a superioridade total da Juventus. O time de Marcello Lippi só não goleou o River porque o croata Alen Boksic, exuberante nos contra-ataques, desperdiçou quatro tentos, diante do arqueiro Bonano, o melhor dos argentinos. Também Di Livio e Del Piero perderam chances com Bonano já batido. O gol do triunfo surgiu aos 36min do segundo tempo. Di Livio levantou um escanteio da direita. O francês Zidane desviou de cabeça e a bola sobrou para Del Piero do outro lado, no bico da área pequena. O craque da Juve aparou a pelota e, então, desferiu um petardo indefensável no ângulo esquerdo de Bonano. Desconcentrado por discussões sobre o prêmio oferecido pela Toyota ao astro do combate, uma perua 4 x 4 no valor de US$ 35 mil, o elenco do River só produziu um lance de perigo, bem no fim do prélio, quando Montserrat lançou o chileno Salas, mas o arqueiro Peruzzi evitou o tento do empate. César Traversone, diretor do River, criticou a arbitragem do brasileiro Márcio Rezende de Freitas, supostamente conivente com a violência da Juve. Traversone fugiu da resposta quando lhe perguntaram sobre o prêmio, enfim entregue a Del Piero. Antes da pugna, os platinos pareciam mais ocupados com o fato de a 4 x 4 ter a direção na direita. Graças ao sucesso da "Velha Senhora", a Itália passou a ter sete títulos em 35 edições do Mundial de clubes, exatamente como a Argentina. A Juve havia obtido o seu laurel anterior em 1985, quando superou o Argentinos Jrs. por 4 x 2 na disputa de pênaltis, após empate 2 x 2 no tempo normal. Texto Anterior: Itália processa 6 por morte de Senna Próximo Texto: Italianos mostram indiferença à conquista Índice |
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