São Paulo, quinta-feira, 28 de novembro de 1996 |
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Prefeito ruma ao Alvorada
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA Paulo Maluf perdeu a entrada para a Academia de Tênis de Brasília, onde o PPB realizava um coquetel, e seguiu em direção ao Palácio da Alvorada, residência do presidente da República, anteontem à noite."Volta, carro, volta. Ainda não é agora", brincou o deputado Wigberto Tartuce (PPB-DF), que dirigia sua Mercedes-Benz S-600 com o prefeito paulistano ao lado. Durante o coquetel, chamado de "presidente" por todos, o prefeito comportou-se como um candidato em plena campanha. Posava para fotografias, abraçava os correligionários e contava muitas piadas. Procurou agradar ao ministro Francisco Dornelles, mas cometeu um deslize. Mostrou uma caneta que comprou na China e comentou: "Sabe quanto custou? US$ 4. Como é que eles conseguem botar esta caneta a US$ 4?". Dornelles respondeu: "Com trabalho escravo e trabalho obrigatório de crianças". Para Augusto Nardes (RS), Maluf perguntou: "Como está o projeto da microempresa?". O deputado respondeu que estava negociando com o governo. O prefeito abraçou Nardes e sussurrou: "Se você continuar negociando de forma cordial, o governo vai te enrolar. Esse governo é pastel de vento. Tem de bater". Texto Anterior: Maluf sofre derrota em reunião do PPB Próximo Texto: FHC propõe bloco de países remediados Índice |
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