São Paulo, quinta-feira, 28 de novembro de 1996
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Heroína diluiu o movimento na América

MARCELO OROZCO
DO "NP"

O fogo inicial do punk nova-iorquino foi logo minado por dispersão criativa e drogas, principalmente a heroína.
A próxima leva estava no outro lado dos EUA, na Califórnia, com Germs e Dead Kennedys aparecendo entre 78 e 79.
Os Germs acabaram em 80 com a morte do vocalista Darby Crash por uma overdose aparentemente suicida de heroína. Alguns críticos definiram Crash como um mix dos dois Pistols principais, Johnny Rotten e Sid Vicious.
Nos anos 90, o guitarrista dos Germs, Pat Smear, tocou no Nirvana e hoje é do Foo Fighters.
Os Dead Kennedys mergulharam em política, com o vocalista Jello Biafra se lançando como candidato de protesto à Prefeitura de San Francisco em 1979 e acabando num honroso quarto lugar. Foi a maior banda punk americana até acabar, em 1986.
Nos anos 80, vieram bandas de regiões diferentes, como Black Flag, Minutemen, Husker Du, Replacements e Bad Religion. Elas se encaixam no punk e também foram o primeiro passo de um rótulo menos definido chamado "alternativo" ou "independente", em que se encaixam Sonic Youth, Pixies e Nirvana com toda a ninhada grunge.
Na década de 90, Green Day e Offspring puxam um revival seguindo os modelos dos punks dos anos 70. Uns narizes entortam, outros deixam rolar.
(MO)

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