São Paulo, quinta-feira, 28 de novembro de 1996
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Estados evitam usar as vacinas recebidas

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Desde o dia 20 de novembro, pelo menos oito Estados brasileiros que enfrentavam falta de vacina tríplice receberam lotes enviados pela FNS (Fundação Nacional de Saúde).
A maioria deles, porém, decidiu não aplicar a DPT, depois das reações provocadas em São Paulo.
É o caso, por exemplo, de Bahia e Mato Grosso do Sul. Segundo Edmundo Juarez, presidente da FNS, não havia sido registrado nenhum caso de reação nesses Estados.
"Mesmo assim as secretarias da Saúde estão receosas e afirmam que só vão começar a vacinação depois que os resultados dos exames ficarem prontos. Há Estados que ainda nem haviam recebido, mas nos informaram de que só iriam querer se ficasse comprovado que não havia nada de errado com a vacina", afirmou o presidente da FNS.
As tríplices suíças estão sendo analisadas pela Fundação Oswaldo Cruz, no Rio. Os resultados devem ficar prontos em sete dias.
Problemas na licitação
O Ministério da Saúde comprou 3,5 milhões de doses da DPT do laboratório suíço Sarum, depois que o fornecedor chinês que havia vencido a licitação não conseguiu cumprir o prazo de entrega.
As vacinas chegaram ao Brasil em 23 de outubro. Outras 7,5 milhões de doses serão entregues até março de 1997.
"Se ficar provado que havia irregularidades, suspenderemos a distribuição e pediremos explicações ao laboratório suíço. Caso contrário, recomeçaremos o trabalho", disse Juarez.

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