São Paulo, quinta-feira, 28 de novembro de 1996 |
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Desemprego esvazia o caixa do FGTS
SHIRLEY EMERICK
Houve aumento dos saques gerados por demissão neste ano, segundo dados da CEF (Caixa Econômica Federal). Em 95, apenas dois meses apresentaram arrecadação líquida negativa, isto é, saques superiores aos depósitos. Em 96, até novembro, isso ocorreu em seis meses. No total, a arrecadação líquida de 96 está em R$ 342,46 milhões, contra R$ 780,24 milhões em 95. A assessoria técnica da CEF avalia que os programas de ajuste de pessoal explicam os saques. As demissões sem justa causa são responsáveis, atualmente, por 60% das retiradas, enquanto os saques por aposentadoria representam 20% do total. As retiradas para construção da casa própria representam 10%, e os saques por causa de doenças infecciosas, 10% do total de saques. O resultado do mês de agosto de 95 é um reflexo, por exemplo, do programa de demissões voluntárias do Banco do Brasil. A arrecadação daquele mês foi de R$ 833,76 milhões e o volume de saques foi o maior registrado nos últimos dois anos: R$ 1,051 bilhão. Neste ano, os depósitos no fundo já totalizaram R$ 10,504 bilhões, enquanto os saques somaram R$ 10,161 bilhões. Em 95, os saques chegaram a R$ 8,988 bilhões e a arrecadação bruta foi de R$ 9,768 bilhões. Próximo Texto: Férias dobradas; Folga antecipada; Os responsáveis; Pedra sobre pedra; Dinheiro de plástico; Pensando no futuro; Com metas; Na frente; Fusão química; Sobra mercadoria; Falta venda; Os lanterninhas; Enfim, a festa; Facilitando o comércio; Adeus ao caviar; Segurança no esporte Índice |
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