São Paulo, quinta-feira, 28 de novembro de 1996
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Inflação recua para 0,58%, informa Fipe

Taxa pode fechar o ano em um dígito

DA REDAÇÃO

A taxa de inflação no município de São Paulo recuou para 0,58% na terceira quadrissemana de novembro, contra 0,75% na anterior, segundo dados divulgados ontem pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).
O economista Heron do Carmo, coordenador do IPC (Índice de Preços ao Consumidor) da Fipe, espera que o mês de novembro feche com taxa em torno de 0,50%.
Alimentação, transportes e vestuário recuaram e os demais itens mantiveram-se estáveis na terceira quadrissemana.
O coordenador do IPC admite, entretanto, a hipótese de 0,40% para todo o mês. Como não estão previstas pressões para dezembro, mês que pode ter inflação mais próxima de zero, a taxa de 1996 poderia ficar em 9,91% -abaixo, portanto, de dois dígitos.
O único preço que pode ter maior elevação em dezembro é o dos táxis, devido à provável liberação da bandeira dois pela prefeitura. Mesmo assim, diz Heron, a pressão seria pequena.
O economista também destacou o fato de, na terceira quadrissemana de novembro, o subgrupo aluguel ter ficado abaixo de 1%, em 0,99%, pela primeira vez no Real.
Aproximando-se da taxa geral (IPC), o aluguel deixa de ser fator de reprodução da inflação passada. No Real, a locação residencial foi o item de maior pressão sobre o custo de vida em São Paulo.
Na terceira quadrissemana de novembro, a maior contribuição para a redução da taxa entre os alimentos veio dos semi-elaborados, com destaque para feijão, frango e carne bovina.
Em habitação, a Fipe notou que a recuperação de margem com os bens de consumo duráveis perdeu força. Para Heron, a demanda pode não estar tão firme quanto se imaginava para o final de ano.
Preços dos combustíveis estão estáveis no varejo, após leve pressão devido a mudanças na sistemática de recolhimento de ICMS. A taxa de vestuário também perdeu ritmo, passando de 2,30% para 1,79%.

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